Desafios de inglês para quem já tem um nível avançado: Invisibilia e temas complexos

Nosso colaborador Joriam lançou um desafio: estudar com o podcast Invisibilia. Quer ver se seu inglês é realmente bom? Avisamos: conteúdo para quem já tem um nível avançado de inglês.

A série Desafios vem para oferecer um exercício intenso para quem está aprendendo um idioma. Ela não é, portanto, recomendada para estudantes que estão dando os primeiros passos, mas sim para aqueles que estão se preparando para dominar uma nova língua.

Se sua personalidade, suas memórias, seu corpo e até os átomos que formam você mudam ao longo da sua vida… afinal, o que é “você”?

Se o seu cérebro fosse cortado ao meio e uma parte do seu corpo começasse a se rebelar contra as suas decisões, como você reagiria?

Um pesquisador vive numa tribo isolada por alguns meses. Anos após essa experiência, ele descobre que é capaz de sentir um novo tipo de emoção, antes desconhecida… Você acha que já viveu todas as emoções de que o corpo humano é capaz?

Se esses tipos de questionamentos despertam sua curiosidade e você está tentando aperfeiçoar seu inglês, a série Desafios tem uma sugestão especial para você.

O podcast Invisibilia trata das forças invisíveis que guiam nossas vidas — sonhos, medos, tempo, informação, pontos de vista — e vai atrás de histórias que colocam nossa visão de mundo em cheque. Por muito tempo, esse foi o podcast mais ouvido nos Estados Unidos (e chegou a ser brevemente o mais ouvido no mundo).

A série Desafios escolheu Invisibilia justamente pela complexidade (e também pela variedade) dos temas que o programa aborda. Em um mesmo capítulo, você pode ouvir sobre o comportamento de partículas subatômicas, doenças psicológicas raras e relacionamentos familiares mediados por teatro.

A seguir, recomendamos alguns links para episódios específicos escolhidos pela nossa equipe e apresentamos uma breve descrição das histórias e dos temas tratados em cada episódio. Você pode escolher ler primeiro nossa resenha para entrar no programa já com uma ideia dos temas que serão tratados, ou então ouvir primeiro o episódio para depois compará-lo ao texto que preparamos (e assim ter certeza de que você pegou todos os detalhes).

Mas, antes disso, vamos falar um pouco sobre a emissora que transmite esse podcast.

Contexto: NPR e o rádio nos Estados Unidos

(Se você busca informações apenas sobre os episódios, basta pular para o próximo tópico do texto)

Em cada país, a rádio — e toda a cultura em volta dela — se desenvolveu de uma maneira diferente. No Brasil, esse meio sempre cumpriu tarefas de informação e ativação política; mas seu grande marco foi o entretenimento: primeiro, por meio das radionovelas e dos jogos de futebol, depois, pela música.

O processo norte-americano foi muito diferente e as funções que o rádio tomou acabaram se tornando mais diversificadas. A NPR (National Public Radio), por exemplo, é uma rede pública de rádio que nasceu de uma outra rede chamada National Educational Radio Network (Rede Nacional de Rádio Educacional). Isso revela que, nos Estados Unidos, a rádio cumpre também uma função que não foi tão explorada ao longo do processo de implantação desse meio no Brasil.

Essa instituição começou como uma emissora do governo, mas eventualmente se tornou uma associação entre rádios públicas norte-americanas e outros veículos de mídia associados. Por dispor de muito mais poder (e dinheiro!) que a maioria das emissoras de rádio no mundo, ela acabou por regular o nível de qualidade dos programas de rádios nos Estados Unidos. Assim, mesmo as start-ups e pequenas empresas no segmento de áudio e podcasts, como é o caso da Gimlet Media, precisam se adaptar a uma audiência acostumada com esse alto nível.

Por isso, ouvindo programas como Planet Money ou Invisibilia, descobrimos que a mídia do rádio pode ser muito mais potente do que em geral vemos no Brasil. Mas não se esqueça que existe muito investimento por trás de cada episódio!

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Chega de história: hora da ação!

1- Fearless

Link para o episódio.

Este episódio fala sobre medo — em especial ele nos pergunta até que ponto realmente precisamos do medo em um mundo que não envolve os perigos com que nossos antepassados precisavam se preocupar.

Na primeira parte, ouvimos sobre uma longa pesquisa que mostrou que o medo é maior entre os pais da nossa geração, quando em comparação ao medo vivenciado por pais de outras gerações.

Na segunda parte, conhecemos a impressionante história de uma mulher com uma rara doença que a torna fisicamente incapaz de sentir medo. Ela conta sobre suas experiências e sua perspectiva de vida.

A terceira parte do episódio explora a busca de um tratamento para o medo (usando uma das apresentadoras do programa como cobaia) e explica a ciência que existe por trás da química do medo.

Por fim, conhecemos a história de um jovem que, confrontado durante anos por um medo que o levava a comportamentos depressivos, resolveu criar uma terapia de choque que o levou a mudar seu ponto de vista em relação ao que sentia.

Pequeno dicionário de apoio: bounds – limites; disorder – disfunção (no contexto do corpo); slither – movimento feito pelas cobras (rastejar); feedback – comentário, resenha

2- Reality

Link para o episódio.

Este episódio explora como os pontos de vista podem moldar ou alterar a realidade.

Todo o episódio gira em torno de uma situação fora do comum: uma pequena cidade norte-americana chamada Eagle’s Nest, onde — acredite se quiser — ursos e pessoas dividem vários espaços.

Primeiro, acompanhamos o ponto de vista de um homem que aprendeu a conviver com os ursos e inclusive chegou a “adotar” uma ursa, com cujos filhotes ele brincava. Depois ouvimos o outro lado da moeda: mães preocupadas com a segurança dos filhos e pessoas que se sentem ameaçadas por esses animais.

No fim, há um trágico desfecho.

Pequeno dicionário de apoio: pitch – arremesso (no contexto do beisebol); pounce – saltar para frente, atacar (entre mamíferos); cub – filhote; uncharted – inexplorado

3- The Culture Inside

Link para o episódio.

Este episódio fala sobre os fortes construtos culturais que existem dentro de nós, mas que muitas vezes passam despercebidos por nossa consciência. Três casos distintos são tratados.

No primeiro, acompanhamos a história de um pós-operatório estranho: depois de uma cirurgia no cérebro, Byrne percebeu que uma de suas mãos deixou de obedecer seus comandos — e começou a mostrar que tinha uma moralidade diferente da de sua dona.

No segundo, seguimos a lógica de raciocínio na criação de um conceito sociológico chamando implicit bias (estereótipo implícito) e como um doutor descobriu por acaso seus estereótipos ocultos.

No terceiro, vemos os esforços de alguns grupos específicos, como a força policial de St. Louis, e também de um pai branco que adotou uma filha negra para se livrar do racismo implícito.

Pequeno dicionário de apoio: seizures – convulsões; bias – estereótipo; undermine – enfraquecer/debilitar; solemn – solene
Mais Desafios vêm por aí
Em breve, acrescentaremos novos temas à série! Se você tiver algum tema de interesse, por favor, deixa aqui nos comentários.

No futuro, podemos criar um desafio pensado especialmente para você!

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