New York, New York… a capital norte americana é, sem dúvida, fonte de inspiração para muitos. No meu caso, foi na forma de Sessões da Tarde que passei imaginando como seria viver nessa grande metrópole – à la Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo, ou sendo a bela Diane Keaton, em Annie Hall, claro. Devaneios à parte, a Big Apple está no imaginário de muita gente, seja por meio de filmes, livros ou, até mesmo, das histórias inusitadas de amigos que já visitaram a cidade – ou seja, razões não faltam para viajar para Nova York.
Eu, pessoalmente, sem contar a minha imaginação fértil, tenho apenas uma lembrança de Nova York. No boom de 1994, quando o real e o dólar tiveram brevemente o mesmo valor, eu e minha família viajamos para a Disney. Antes, porém, fizemos uma parada rápida em Nova York e aproveitamos para visitar o Museu de História Natural – um passeio inesquecível!
Apesar de não ter tido – ainda – a chance de viajar para Nova York mais uma vez, já ouvi muitas histórias de pessoas que foram para ficar 1 mês e moraram lá a vida inteira. Outras pessoas passaram pela metrópole e, logo de cara, perceberam que definitivamente Manhattan não era o seu lugar.
Com a ajuda da nossa maravilhosa internet, fiz uma enquete sobre os pontos altos e baixos de visitar ou, até mesmo, de morar em Nova York. Sabe o que todas as pessoas me disseram? Nova York é um lugar onde o tédio não tem vez.
A cidade ferve com tantas culturas que acomoda. Você pode falar espanhol enquanto come um taco no Queens. Ou ainda pode entrar em contato com a cultura russa em Brighton Beach, onde a imigração da ex-União Soviética aconteceu em peso por volta de 1989. E, quem sabe, até conhecer as ruas da Little Italy, onde o famoso diretor de cinema Martin Scorsese, de ascendência italiana, passou sua infância.
O transporte público também ajuda muito quando o assunto é se misturar: as linhas de metrô levam você com eficiência para qualquer canto da cidade.
Além disso, o acesso à cultura é bem democrático. De músicos tocando nos corredores das estações de metrô às loterias online de ingressos a preços promocionais para os espetáculos da Broadway, em Nova Iorque não faltam programas culturais. Lá você pode ainda visitar os museus até quando não tiver muito dinheiro, pois em todos eles, há um dia na semana em que você pode entrar pagando o quanto quiser.
Quando o assunto é deslanchar de vez no inglês, no entanto, Nova York pode ser muito boa ou muito ruim, dependendo de como você se aproxima ou se distancia dos falantes da língua. Eu tenho uma amiga que mencionou que a única vez que ela falou português enquanto estava viajando pela cidade foi ao ajudar uma ciclista no metrô, que ela percebeu ser, por coincidência, brasileira. Já outro amigo comentou que, enquanto morou lá, falou muito menos português do que inglês, porque apesar de ter amigos brasileiros, ele trabalhava e dividia apartamento com estrangeiros. Outro amigo ainda me disse ter falado bastante espanhol e encontrou, inclusive, em alguns lugares da cidade, placas e sinalizações escritas também em espanhol.
Por Nova York ser um caldeirão de culturas e nacionalidades, outros idiomas também convivem lado a lado e podem ser facilmente praticados na Big Apple. Você pode ver no vídeo do nosso maravilhoso Matthew que a cidade possui diversos bairros que são casa para várias nacionalidades.
Para quem não conhece o Matthew, ele é fluente em 10 idiomas (e, sim, eu invejo muito a capacidade dele de falar tantas línguas!). Bem, em apenas 1 dia em Nova York, Matthew pôde falar francês, italiano, espanhol, irlandês e ainda, de quebra, ouvir um pouco de mandarim – muito comumente falado nos diversos bairros chineses. Isso me lembra a história de outra amiga, que chegou a comentar que os garçons em um dos restaurantes a que ela foi em Chinatown (que por sinal tem a maior comunidade de falantes de chinês fora da China) falavam pouquíssimo inglês.
Os motivos são muitos para se viajar para Nova York e a cidade tem sua razão para ser icônica. Mas, como tudo na vida, existem também os lados negativos da metrópole, como a rapidez com que as coisas acontecem, o excesso de pessoas lotando todos os lugares o tempo todo e o alto custo de vida.
Na minha modesta opinião, viajar é preciso. Por mais que você encontre adversidades, as chances de ter uma experiência enriquecedora e de você ampliar os seus horizontes são muito maiores do que a depressão ao ver a fatura do cartão de crédito na volta (se bem que, se planejar direitinho, você consegue conhecer Nova York com pouco dinheiro, sim – mas esse talvez seja assunto para outro artigo!). Tudo pronto para conhecer a Manhattan multilíngue?