Uma visita a Moscou: dicas para aproveitar o melhor da cidade e ainda aprender algumas palavras em russo

Moscou é uma cidade vibrante! Para aproveitar ainda mais a capital da Rússia, confira nossas dicas, quem conta é Flávia Coe.
Moscou
Fotos de Flávia Coe

Moscou é uma cidade vibrante, que permite aos viajantes experimentar uma cultura rica, através das artes, música, literatura ou gastronomia. O transporte público funciona bem, e o metrô é uma ótima alternativa ao trânsito intenso e típico de cidades grandes. Entre as inúmeras possibilidades de turismo, estão opções que levam a conhecer mais sobre esta cidade que foi o palco de mudanças importantes e significativas para a história moderna. Se você pretende visitar a cidade, aqui estão algumas práticas, alguns lugares e palavras para enriquecer o seu vocabulário russo, o que pode ajudar bastante a se locomover e a encontrar os lugares onde você deseja ir.

Praça Vermelha

Esta praça é um dos maiores cartões postais da Rússia, e abriga diversas atrações, como o Kremlin de Moscou, o mausoléu do Lênin, e a Catedral de São Basílio, que de perto parece ainda mais ter saído de um desenho animado. Lá perto também está a Catedral de Cristo Salvador, uma das principais igrejas Ortodoxas do país. Se você pretende visitar o Kremlin, programe-se com antecedência, pois os ingressos para uma de suas maiores atrações, o Palácio do Arsenal, se esgotam rapidamente. Aliás, a palavra Kremlin em russo significa fortificação.

Teatro Bolshoi 

Não muito longe da Praça Vermelha fica o Teatro Bolshoi, que abriga uma das companhias de balé mais famosas do mundo. Visitar este que é um dos maiores símbolos da cultura russa certamente fará toda a diferença no seu roteiro. Com antecedência e um pouco de sorte, é possível conseguir ingressos acessíveis para conferir os mais diversos espetáculos no local. Não somente os espetáculos, mas também a arquitetura deste edifício histórico valem uma visita. Aliás, aprendi que a palavra Bolshoi em russo significa grande, largo, grandioso.

Teatro Bolshoi Moscou

Museu Bulgakov em Moscou

Um pouco mais afastado desta área está localizado o Museu Bulgakov em Moscou. Mikhail Bulgakov é um dos autores mais famosos da literatura russa. Se você já leu o livro “O Mestre e Margarida” e se apaixonou como eu, visite este museu estatal que está localizado na Rua Bolchaya Sadovaia. Objetos da época de Bulgakov dividem espaço com objetos pessoais do autor, incluindo a escrivaninha onde ele criou diversas de suas obras. A dica é agendar uma visita guiada, que pode ser realizada em inglês ou russo. Além de explicar todos os objetos e falar curiosidades sobre suas obras, a guia também irá levá-lo a locais icônicos do livro, como a região dos Lagos do Patriarca.

Museu Bulgakov Moscou

Garage Museu de Arte Contemporânea

Quem se interessa por arte contemporânea pode fazer uma visita a este museu, localizado próximo à estação de metrô Oktiabrskaia. Além de exposições temporárias interessantes – o museu já recebeu mostras de Takashi Murakami, Yayoi Kusama e diversos outros artistas – o prédio possui também um café agradável na parte externa, além de uma livraria na parte interior que possui uma vasta coleção de livros e objetos relacionados a arte.

Museu Garage Moscou

 

Parque Gorky 

Este parque é onde está localizado o Garage Museu de Arte Contemporânea. Ele ocupa uma área grande do centro da cidade e possui quadra de vôlei de praia, pista de skate e várias outras atrações para públicos de diversas idades. Além disso, ele possui uma vista perfeita para o Rio Moscou, ou Moskva, o que torna o local ideal para passeios em dias ensolarados.

Café Pushkin

Quando bater a fome, são muitas as opções de restaurantes em Moscou onde você pode apreciar a autêntica culinária russa, mas de todos os que visitei durante a viagem, o Café Pushkin, que recebeu o nome de um dos mais famosos poetas russos, foi o que me pareceu mais genuíno. Não só pela comida, mas também pela ambientação. No primeiro andar, um bar e uma atmosfera menos formal. No segundo, arpas, estantes repletas de livros e um clima um pouco mais chique, onde roupas e calçados esportivos não são permitidos. São muitas as opções de pratos no restaurante, incluindo o tradicional estrogonofe, mas o prato que mais me chamou a atenção foi a Ukha, uma sopa de peixe bastante simples, mas regada a vodca de gengibre.

Café Pushkin Moscou

Grand Café Dr. Zhivago 

Esta é outra opção para quem quer experimentar o melhor da gastronomia do país. O personagem principal do romance de Boris Pasternak dá nome a este restaurante russo onde também se come muito bem. O melhor é que ele funciona 24 horas por dia, diferente da maioria dos restaurantes da cidade, onde as cozinhas têm hora para fechar. A ambientação soviética e a trilha sonora, além da vista para a Praça Vermelha completam o astral do local. Não deixe de provar a sopa Borsch – a melhor que eu provei durante toda a viagem. Para acompanhar, peça o borodínski, um pão preto russo que possui leve gosto agridoce e é feito com farinha de centeio. E muito importante: não se esqueça de incorporar a versão russa do sour cream, a smetana, à sopa, antes de começar a comer.

Comida Georgiana

Outra cozinha que está em alta na Rússia e que vale a pena experimentar por lá é a Georgiana, e são diversos os restaurantes na cidade que oferecem a comida típica da região do Cáucaso. Um deles é o Khatchapuri, que possui o mesmo nome do prato mais conhecido da culinária deste país do leste europeu, e que parece um pão recheado com queijo e com um ovo em cima, basicamente uma versão georgiana para a pizza. Outra opção de restaurante georgiana é o Tiflisskiy Dvorik, localizado no hotel Kebur Palace e não muito longe da famosa Praça Vermelha.

Izmaylovskiy Vernisazh

Na hora das compras, reserve um tempo para conhecer este mercado de artesanato local e de objetos antigos que fica a aproximadamente 40 minutos de metrô do centro de Moscou. Impossível não se encantar com as centenas de tapetes, colchas e outros souvenirs exibidos por lá. Este é o lugar certo para você garantir a sua Matrioska, a famosa boneca russa que é a lembrança mais tradicional do país. O difícil vai ser escolher entre as inúmeras opções oferecidas. Vá com dinheiro, porque as barraquinhas não aceitam cartões de crédito e não existem caixas eletrônicos lá dentro.

Alionka 

Este chocolate é outro souvenir que não pode faltar entre as suas compras. Esta marca de chocolates, tradicional desde os tempos soviéticos, apresenta diversas opções de sabores se você quiser levar pequenos presentes de volta para casa. O chocolate é típico do país, e a receita aparentemente não mudou desde que foi inventada na década de 1960, na famosa fábrica Outubro Vermelho. Além disso, ele é fácil de encontrar nas diversas lojas de souvenir, supermercados ou nos aeroportos.

Estações de Metrô

Para se deslocar entre todos estes pontos, nada melhor do que utilizar o transporte público. As estações de metrô em Moscou são verdadeiros museus abertos e falam muito sobre a história e a evolução da arquitetura e do design da Rússia. Entre as minhas preferidas estão as estações Maiakovskaia e seu estilo futurista. Esta estação está localizada bem próxima ao Museu Bulgakov em Moscou. Outra estação que merece tempo para ser descoberta é a  Ploschad Revoliutsi, que significa Praça da Revolução, e chega na Praça Vermelha, um ótimo local para começar a descobrir a cidade. Esta é uma das mais famosas estações de metrô de Moscou, não apenas pelo seu estilo mais clássico, mas também pelas suas inúmeras esculturas, que exaltam os personagens importantes para a União Soviética, como os soldados, os camponeses e os trabalhadores. Uma dica para andar pelos é baixar o aplicativo Yandex Metro, onde as estações estão escritas no alfabeto latino.

Metro Rússia

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Flávia Custódio Coe
Flávia Custódio Coe é jornalista e já escreveu sobre moda, cinema, literatura e arte para publicações brasileiras, além também de ter morado em Londres, onde cursou um mestrado em Editoração na London College of Communication. Depois de viver na capital inglesa, Flávia teve breves passagens por Nice e Roma, onde aprendeu as línguas locais. Atualmente mora em Berlim, onde escreve suas experiências no blog www.berlinetc.com e se esforça para não esquecer os outros idiomas que aprendeu.
Flávia Custódio Coe é jornalista e já escreveu sobre moda, cinema, literatura e arte para publicações brasileiras, além também de ter morado em Londres, onde cursou um mestrado em Editoração na London College of Communication. Depois de viver na capital inglesa, Flávia teve breves passagens por Nice e Roma, onde aprendeu as línguas locais. Atualmente mora em Berlim, onde escreve suas experiências no blog www.berlinetc.com e se esforça para não esquecer os outros idiomas que aprendeu.