2 poliglotas dão 5 dicas para aprender línguas sem esquecê-las

5 dicas de 2 poliglotas para aprender idiomas sem jamais esquecê-los

Aprender línguas: Espanhol é o quarto idioma mais falado no mundo e é o idioma oficial em mais de 20 países. Eu estudei espanhol quatro anos durante o ensino médio e apesar disso, não sei falar quase nada além de “Me llamo John-Erik. Yo nací en Los Ángeles. Chicle en la basura, por favor.” Infelizmente, meu espanhol era vergonhoso e nunca saiu da sala de aula e com isso, nunca ganhou vida. O que eu fiz de errado?

Eu precisava da orientação de especialistas, então consultei duas pessoas que tinham muito a dizer sobre a língua espanhola: Luca Lampariello, um italiano que começou a aprender espanhol sozinho quando criança (ele também fala inglês, russo, mandarim e japonês), e o poliglota de plantão da Babbel, Matthew Youlden. Aqui vão as dicas deles para aprender espanhol (ou qualquer outra língua):

1. Aprender línguas deve fazer parte da sua vida

Não exclua a língua que você está aprendendo da sua vida. Você não está aprendendo espanhol para falar sobre o aprendizado de espanhol. Esse tipo de procedimento entendia muito rápido e é desmotivante. Em vez disso, encare o espanhol como uma nova forma de levar a vida cotidiana: troque o idioma do seu computador para espanhol, procure filmes em espanhol e programas de TV com legenda em espanhol; leia as notícias de jornais, revistas e websites espanhóis. Se você utilizar a língua que você está aprendendo nas tarefas que são parte da sua vida, você fará do aprendizado um reflexo do seu dia a dia em vez de uma tarefa que você tem que cumprir. Basta lembrar-se que o aprendizadode uma língua é um meio para alcançar um objetivo.

2. Mantenha contato com falantes nativos

A melhor forma de inserir o espanhol na sua vida diária é manter contato com falantes nativos do idioma. Se você tem algum amigo que fala essa língua, convença-o de conversar com você somente nesse idioma pelo menos durante a metade do tempo que vocês passam juntos. Se você for a um restaurante mexicano, por exemplo, tente fazer o pedido em espanhol. E se você viajar para a Espanha ou para algum outro país da América Latina, não volte a estaca zero, perguntando “¿Habla portugués?“. Aproveite toda oportunidade para falar o idioma. Você precisa praticar o que está aprendendo – falar é sempre a melhor maneira de fazer isso. No momento em que você puder manter uma conversa simples encontre pessoas que falem espanhol ou um clube para você falar espanhol enquanto pratica atividades que você gosta. Tudo vale a pena, desde aulas de dança até um coral ou um clube de astronomia.

Este é mais um segredo para não esquecer o que você aprendeu. Luca nos contou sobre sua experiência: “Meus pais tinham alguns bons amigos espanhóis que vinham comer em casa uma vez por semana, então eu podia treinar com eles. Se você tiver a oportunidade de falar muitas línguas diariamente, você não vai esquecê-las.” Não importa se você está aprendendo mais de 10 línguas estrangeiras ou tentando somente não esquecer uma. Quanto mais você usá-la, menor é a probabilidade de esquecê-la.

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3. Identifique semelhanças

Espanhol, francês, italiano, português e romeno quase não podem ser consideradas “línguas estrangeiras” entre si, já que elas todas têm origem no latim. Essas línguas “românicas” possuem vocabulário, sintaxe e gramática tão semelhantes que podem ser chamadas de irmãs. Essa similaridade com o italiano, língua materna do Luca, o ajudou a começar a aprender espanhol, apesar de ele ainda precisar se concentrar e fazer da aprendizagem do espanhol uma prática diária.

Como comparação, tomemos um falante nativo de inglês, por exemplo. Ele aparentemente teria uma grande desvantagem ao aprender espanhol. Afinal de contas, o inglês vem do anglo-saxão, uma língua germânica. Então, o que poderiam ter o inglês e o espanhol em comum? Na verdade, muita coisa. O inglês formou cerca da metade de seu vocabulário do francês e do latim. Então, pode até ser que o inglês e o espanhol não sejam irmãos, mas certamente, são primos. Vejamos o exemplo dado por Matthew: “la proclamación de la democracia”. Este segmento quase não precisa ser traduzido para o inglês! Como Luca afirma: “democratisation, democratización, démocratisation, democratizzazione … você pode aprender quatro línguas ao mesmo tempo.”

4. Utilize a arte da imitação para aprender línguas

Uma pronúncia autêntica: a barreira final. Para dominar a pronúncia espanhola, você deve ouvir atentamente os falantes nativos e imitá-los. Pense que você é um ator que não está só decorando o texto, mas está também adquirindo o caráter do personagem que passa a habitar em você. Independente de como você exercita o novo idioma (mantendo contato com amigos falantes nativos, conversando através do skype, assistindo a filmes e programas de TV no idioma), imite as vozes que você ouve com a maior precisão possível. Com o tempo, você vai se familiarizar com sons que ainda não está acostumado a pronunciar. No inicio, você pode se sentir meio ridículo, mas uma vez que a pronúncia correta se firma, você estará “dentro do personagem” quando falar espanhol.

Como o espanhol possui diferentes sotaques regionais, as pessoas que você escolheu para imitar podem dar uma “apimentada” regional especial ao seu espanhol. Como o Matthew estudou em Barcelona, ele fala espanhol como um “barcelonés”, enquanto Luca desenvolveu um sotaque “madrileño” depois de namorar uma menina de Madri. “Meu espanhol pode estar anos luz atrás do deles, mas eu tento imitar meus amigos mexicanos na esperança de um dia ser capaz de empregar güey em quase todas as frases como um dos caras”.

5. Produza uma reação em cadeia ao aprender línguas!

A dica número 5 é para todos que já se sentem capazes de aprender uma terceira língua ou mais. Uma vez que você saiba uma segunda língua bem o suficiente para ler, escrever e falar, aproveite para aprender a próxima. É como um treinamento duplo: você vai aprender a terceira língua, enquanto consolida e aperfeiçoa a segunda. Digamos que depois de aprender inglês, você queira aprender francês. Seu objetivo não é “aprender francês”, mas sim “to learn french”. Quando você estuda desta forma, seu conhecimento não parte de um ponto único já fixo (sua língua materna), mas se estende ao longo de uma cadeia, onde cada nova conexão reforça a última.

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