De Gwiazdor a Sinterklaas: o nome do Papai Noel em outros países

Todos nós conhecemos o Papai Noel… Mas, em alguns países europeus, a distribuição de presentes não fica a cargo apenas do bom velhinho.
O Papai Noel de outros países

Como é chamado o Papai Noel em outros países? É ele quem traz os presentes de Natal para quem se portou bem durante o ano? Seu trenó é sempre puxado por renas? E o que dizer sobre as meias deixadas na chaminé à espera de presentes? Ele é realmente o maior símbolo do Natal em todas as partes do mundo?

Clichês à parte, para muita gente tais imagens continuam sendo pura emoção – por mais que nem todo mundo celebre o Natal da mesma forma. Antes de vermos quem mais traz presentes em outros países, aqui está uma lista dos nomes do Papai Noel em outros idiomas.

Como é chamado o Papai Noel em outros países?

  • Sinterklaas – Holanda
  • Дед Мороз (“Vovô Gelo”) – Rússia
  • Babbo Natale – Itália
  • Père Noël – França
  • Gwiazdor (“Homem-Estrela”) ou Święty Mikołaj (São Nicolau) – Polônia
  • Papa Noel – Espanha (Os presentes, porém, são trazidos pelos três reis magos no dia 6 de janeiro. Já no País Basco, essa tarefa é desempenhada no dia 24 de dezembro por Olentzero, um carvoeiro cujo nome pode ser traduzido como “tempo das pessoas boas”.)
  • Pai Natal – Portugal
  • Noel Baba – Turquia

Mas há outros personagens natalinos também. Vamos dar uma olhada em algumas das figuras mais populares do Natal em diferentes países europeus!

Quem traz os presentes no Natal? Papais Noéis que não são exatamente Papais Noéis

1. Uma tradição um pouco escatológica – Catalunha (Espanha)

As crianças na Catalunha não encontram seus presentes de Natal debaixo de um pinheiro nem mesmo dentro de meias penduradas na chaminé. Em vez disso, elas brincam com o tió de Nadal ou cagatió, brinquedo típico desta época do ano cujo nome pode ser traduzido como “tronco que defeca”. Geralmente comprados em mercados de Natal, esses estranhos troncos de madeira com um rosto de desenho animado ficam guardados em casa a partir de 8 de dezembro, data em que se celebra a Imaculada Conceição de Maria

Durante as semanas seguintes, as crianças deverão cuidar do tió, mantendo-o aquecido e bem alimentado. Quando os pequenos vão dormir, os adultos escondem guloseimas dentro do boneco, através de um orifício localizado em suas costas. Na noite de Natal, o boneco estará tão cheio de doces que precisará se aliviar. Para isso, as crianças usarão bastões para quebrar o tronco e ganhar as guloseimas. 

O cagatió provavelmente surgiu do antigo costume de coletar e armazenar grandes troncos de árvore que, na época do Natal, eram queimados aquecimento e também como símbolo de esperança por dias mais quentes. Muitas regiões da Europa, aliás, continuam acendendo fogueiras para celebrar o Natal. 

2. Julebukk e os duendes de Natal – Escandinávia

Em nórdico antigo, julebukk quer dizer “bode de Yule”. Trata-se de um importante elemento da cultura natalina escandinava, podendo ser comparado ao Papai Noel. Acredita-se que esse bode teria puxado a carruagem de Thor e, mais tarde, sacrificado sua vida para criar um banquete para Thor e seus amigos.

Nos países da Escandinávia, as figuras do julebukk são encontradas nas mais diversas formas e tamanhos: desde bonecos gigantes feitos de palha com chifres longos e curvos até pequenos enfeites usados como decoração de árvores de Natal. Com o passar do tempo, porém, o julebukk deixou de ser responsável pela distribuição dos presentes. Tal tarefa foi assumida pelos gnomos de Natal. Hoje em dia, são Tomten (Suécia), Nissen (Noruega) e Tonttu (Finlândia) os encarregados de deixar presentes na porta da casa das crianças.

O julebukk ganhou fama internacional graças à cidade sueca de Gävle e sua gigantesca estátua em formato de bode, vítima frequente de ataques de vandalismo. Pode-se até dizer que a destruição dessa estátua de palha com 12 metros de altura se tornou uma espécie de “tradição” na cidade: desde 1966, a escultura já foi roubada, quebrada ou incendiada 18 vezes. 

Nos últimos anos, Gävle adotou medidas para proteger o julebukk: além de uma cerca dupla, foram instaladas câmeras de vídeo e contratada uma equipe de seguranças para vigiar a estátua 24 horas por dia. Quem sabe agora o bode fique de pé por mais tempo!

3. A bruxa de Natal – Itália

A princípio, é a Befana, e não o Papai Noel, quem entrega os presentes para as crianças na Itália. Além disso, sua data de entrega é outra: a Befana bate à porta no dia 6 de janeiro, Dia dos Reis Magos, e faz muitas exigências. Se, ao longo do ano anterior, as crianças foram desobedientes, suas meias serão enchidas de carvão. Em algumas partes da Itália, os pequenos recebem apenas um pedaço de pau. 

Diz a lenda que os reis magos teriam reunido um grande número de seguidores em seu caminho ao presépio. Afinal, todos queriam acompanhar a comitiva e levar presentes para celebrar a chegada do Menino Jesus. Bom, todos… menos Befana! A orgulhosa dona de casa teria dito que não acompanharia os demais pois precisava varrer o chão. No dia seguinte, e carregando presentes, ela saiu atrás dos reis magos, mas já era tarde demais. Foi então que decidiu montar em sua vassoura e sair voando para distribuir os presentes para todas as crianças do mundo.

Geralmente retratada como uma bruxa encapuzada, Befana não é tão agradável quanto o Papai Noel, ao menos do ponto de vista estético, mas conta com a simpatia de mães e pais italianos. Aliás, como forma de agradecer pelo serviço prestado, os pais costumam oferecer uma taça de vinho à bruxa na noite anterior à sua chegada.

De toda forma, a Itália também conta com outras figuras típicas desta época do ano: o Babbo Natale (Pai Natal) e o Gesù Bambino (Menino Jesus).

O Babbo Natale, baseado no Papai Noel norte-americano, está se tornando cada vez mais popular. Ele também distribui presentes no dia 25 de dezembro. Mas, como a popularidade da Befana é inabalável, as crianças italianas ganham diversões (e presentes!) em dobro.

4. Papais Noéis no plural – Islândia

A Islândia também tem uma alternativa própria ao Papai Noel. Em vez do bom velhinho, são 13 duendes, conhecidos como jólasveinar (companheiros de Natal), que se revezam visitando crianças nas 13 noites que antecedem o Natal. As crianças islandesas deixam seus sapatos na janela para que os duendes depositem ali doces e presentes. 

Não é surpresa que um período de preparação de 13 dias gere uma empolgação e tanto nas crianças islandesas. Por essa razão, desde 1746 é proibido por lei que os pais contem histórias natalinas!

Cada duende tem uma personalidade própria – e seus nomes são estranhos, porém auto-explicativos, como lambedor de colheres de pau, observador de janelas ou ladrão de velas. Embora esquisitos, eles geralmente são vistos como bons companheiros, ao contrário do que acontece com sua mãe diabólica, Grýla, uma ogra mal-humorada que desce das montanhas no Natal e cozinha crianças vivas. Uma lenda de Natal bastante intensa para crianças pequenas, não?

5. Menino Jesus – Sul da Alemanha e Áustria

A tradição do Christkind (Menino Jesus) está presente sobretudo em áreas católicas no sul e oeste da Alemanha, na Alsácia, em Luxemburgo, na Áustria, no sul do Tirol e na Suíça alemã. A figura simbólica também é encontrada na Eslováquia, Eslovênia, Hungria, República Tcheca, Croácia, além do sul do Brasil.

Normalmente, o Menino Jesus chega na véspera de Natal, trazendo os presentes sem que ninguém o veja. Muitas vezes, ele é retratado como uma criança com cachos loiros, asas e uma auréola. 

Breve resumo com alguns nomes que o Papai Noel recebe em outros países

São Nicolau, Papai Noel, Menino Jesus, duendes do Natal… chegar a uma lista definitiva dos encarregados de distribuir os presentes no Natal é praticamente impossível. Muitos países contam com protagonistas natalinos próprios. No entanto, em muitos lugares, eles vêm sendo gradualmente substituídos pelo onipresente Papai Noel (ou pelo menos dividem o lugar com o bom velhinho).

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