Paquera em inglês: jogos que podem ajudar na conquista do crush

No amor e na guerra vale tudo mesmo? Para quem está querendo flertar com outras nacionalidades, Joriam selecionou alguns jogos que podem ajudar na hora de fisgar aquele crush.
paquera em ingles
Ilustrado por Julie Guillot

Já pensou como desenrolar uma paquera em inglês? A conversa em um Café francês é diferente do papo em um bar americano. Aquela italiana do sul pode sair falando tudo o que passa pela cabeça, ao contrário daquele italiano do norte que fica esperando pela deixa. Na última sexta-feira, o japonês não soube esconder o interesse; na quarta, a croata não mexeu muito as sobrancelhas desde o início da noite.

Muitas vezes, sair com um estrangeiro ou estrangeira pode ser desafiador — mesmo quando o choque cultural não é colossal, a gente muitas vezes fica na dúvida. As culturas têm maneiras distintas de expressar sentimentos e as expectativas podem ser bem diferentes.

Não se alarme: essas diferenças não precisam ser algo ruim, muito pelo contrário! Elas podem ser exatamente o tempero especial de uma relação multicultural.

Mas, tudo começa com o primeiro passo — o encontro — e a gente está aqui para ajudar.

Não quero gastar esse espaço falando de clichês e estereótipos: talvez os brasileiros sejam, em média, mais calorosos que os alemães, por exemplo. Mas você não vai no bar com uma população, você vai com uma pessoa só.

Por isso vou fazer diferente, mostrar algumas ferramentas, jogos sociais, que você pode levar para os seus dates e torná-los um pouco mais imprevisíveis. E vale lembrar, eu como bom desenvolvedor de jogos, sei do que estou falando. 

Hoje tenho três jogos para apresentar:

  • Para quem quer passear pela cidade — Destroy These Cards
  • Para quem quer viver uma experiência engraçada — Bounden
  • Para quem quer bater um papo incrível  — Jojojo

Vamos falar sobre eles!

Destroy These Cards

Cada carta tem um pequeno desafio escrito — simples assim. Agora, imagine um encontro nesses moldes: vocês escolhem um bairro interessante para explorar e a cada 10 minutos puxam uma nova carta.

A sua primeira diz: Draw a portrait of another player in one minute. You succeed if they like it (Desenhe um retrato de um outro jogador em um minuto. Você ganha se eles gostarem). Vocês sentam em um pequeno restaurante e você finge estar envolto em concentração enquanto faz um boneco palito no papel — as risadas começam.

Na vez dele, a carta diz: Watch a video of the group’s choice. You can’t look away (Assista a um vídeo escolhido pelo grupo. Você não pode desviar os olhos) e você aproveita para mostrar um vídeo de 2 minutos de um bebê pássaro que não consegue voar.

Os desafios são menos importantes que a situação. Alguns serão menos memoráveis, mas outros podem fazer vocês rolarem de rir.

De uma forma ou de outra, essa tarde vai estar a tantos anos-luz do “cinema basicão” que suas chances de lembrar dele amanhã vão ser bem altas.

Bounden

Em geral jogos digitais não são uma boa pedida para encontros: a tela distrai, as notificações apitam — mas Bounden é diferente.

Essa é uma experiência fechada, talvez boa para um terceiro encontro. Vamos ao cenário: você convida ela para o parque. O briefing é simples — roupas flexíveis, nada de jeans. Vocês vão viver uma aventura dançante.

Vocês se encontram, conversam um pouco e chega o momento. Você abre o aplicativo no seu celular, segura o telefone com uma das mãos e oferece a tela para ela. Primeiro ela fica confusa, mas rapidamente entende e segura o seu telefone pelo outro lado.

Na tela, uma esfera se forma e indica para vocês em que direção vocês devem se movimentar. Em alguns segundos, os movimentos passam de balançadas de braço para piruetas, um rodando por baixo do braço do outro. Um tendo que abrir espaço para o outro passar.

Não se engane: esse jogo fica difícil! A primeira fase pode ser moleza, mas prepare-se para um verdadeiro exercício.

Recomendo esse aqui especialmente para intercambistas. A natureza colaborativa desse jogo vai estimular vocês a se comunicarem — uma boa chance para praticar a nova língua a sua volta. Os comandos são basicamente direções, então nada complexo.

Jojojo

É o primeiro encontro. Vocês sentam no bar preferido dele.

Você puxa o baralho, separa as duas pilhas — uma rosa com um grande W, outra verde com um P— e pergunta a pergunta mais importante: weird or profound? (estranho ou profundo?)

Ele sorri e faz cara de confuso, mas escolhe: weird. Você puxa uma das cartas rosas e nela vem escrito: if you were a mosquito, who would bite? Where? Why? (se você fosse um mosquito, quem você morderia? Onde? Por quê?)

Ele ri e fala sobre o ex-prefeito da cidade dele, você aprende algo importante sobre aquela personalidade e aqueles valores. É a vez dele, você escolhe: profound. Ele saca uma carta e pergunta:

Which of your memories do you consider to be the most precious? Why? (Qual das suas memórias você considera a mais preciosa? Por quê?) — e você imediatamente se toca que nunca pensou sobre isso.

Depois de alguns segundos pensando, você fala sobre o último dia da escola, sobre chorar com os seus amigos e entender que algo tinha passado. Ele conta uma história parecida sobre o intercâmbio que fez na China.

Vocês acabam esquecendo do jogo, mas ele já fez a mágica.

Levando as ferramentas certas

Não tem como adivinhar o resultado de um encontro — ainda mais quando culturas diferentes estão envolvidas. Mas uma coisa é certa: sem papo, não tem como ir adiante!

Mas se o papo não for na sua língua materna, aproveite para se preparar já de antemão! Afinal, você nunca sabe quando alguém vai fazer uma pergunta estranha. Ou profunda!

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