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Retrato: Gianni Guaita, 100 anos em novembro – recordações do passado e a experiência com a Babbel

A série retratos dos usuários da Babbel traz pequenas passagens das vidas dos nossos usuários e suas razões para aprender um novo idioma. Se você quiser dividir sua história conosco, escreva-nos um comentário. Nesta edição, vamos apresentar um usuário muito especial: Gianni, de Florença. Este escritor de quase 100 anos de idade tem uma história […]
Escrito Por Mara Zatti
Retrato: Gianni Guaita, 100 anos em novembro – recordações do passado e a experiência com a Babbel

A série retratos dos usuários da Babbel traz pequenas passagens das vidas dos nossos usuários e suas razões para aprender um novo idioma. Se você quiser dividir sua história conosco, escreva-nos um comentário. Nesta edição, vamos apresentar um usuário muito especial: Gianni, de Florença. Este escritor de quase 100 anos de idade tem uma história familiar bastante curiosa e faz uma reclamação: as lições da Babbel são muito longas!  

Em novembro, eu faço 100 anos e se alguém me perguntasse qual foi a experiência mais importante na minha vida, eu responderia: o amor à minha mulher, com quem eu dividi 76 anos de minha vida. Ela foi a pessoa mais importante na minha vida, nós praticamente nos transformamos em um só. Eu nunca poderia ter imaginado algo assim. Infelizmente, ela faleceu há dois anos e desde então, a vida ficou muito mais difícil. Mas eu procuro senti-la por perto, escrevendo minhas lembranças de nossa vida juntos.

Minha filha mora em Nova Iorque. Nós somos muito próximos e nos falamos sempre pelo Skype. Eu a vejo todos os dias e falo durante muito tempo com ela. Isso me dá ânimo. Para minha filha, o amor também foi a experiência mais importante da vida e também a razão pela qual ela vive em Nova Iorque: durante os estudos, ela ganhou uma bolsa e foi para os Estados Unidos, conheceu um rapaz e se apaixonou por ele. Então, ela permaneceu em Nova Iorque para poder ficar com ele. Agora, ela é correspondente do jornal  Il Messaggero. Ela é muito ativa e inteligente, interage muito rápido com outras pessoas e é muito extrovertida.

Eu moro em Florença, às margens do rio Arno, em uma casa que serviu de estrebaria do Pallazzo Serristori. Nesta casa também mora a minha família, entre outros, minha irmã, que fundou uma gráfica de artes, Il Bisonte. Lá também trabalha o meu neto, que aliás também já me presenteou com uma filha encantadora. Agora, eu também sou bisavô e minha bisneta é a razão pela qual eu comecei a estudar inglês.

Minha bisneta tem dois anos e tem uma babá inglesa. Então, para eu poder conversar com elas, eu tenho que aprender inglês. A Babbel tem o melhor método de estudo para mim, simplesmente perfeito. Bem, na verdade, me irrita um pouco, que eu tenha que aprender também a escrever, o que não me interessa nem um pouco. Eu nunca vou escrever em inglês, eu me interesso só por falar em inglês. Mas é muito útil porque se pode sempre repetir alguns sons do idioma que são muito diferentes em italiano . O italiano é uma língua rica em vogais, muito diferente do inglês que é cheio de consoantes. Nunca foi fácil para mim aprender outras línguas. Alguns amigos eram muito bons nisso e aprenderam idiomas em pouco tempo.  Fosco Maraini, meu cunhado, que é fotógrafo e escritor, aprendeu japonês em bem pouco tempo. Quanto ao meu inglês… até agora eu tenho sido bem preguiçoso: enquanto escritor, me bastava entender o inglês da  Encyclopædia Britannica, onde tudo é formulado de forma bem clara e simples.

Há alguns anos, foi publicado o romance Isola perduta („Ilha perdida“), que eu escrevi junto com minha mulher e meus filhos. Ele conta nossas experiências na Sicília, como eu conheci minha mulher – eu sou da Toscana e minha mulher, da Sicília – e como nós nos mudamos para esta ilha maravilhosa. Eu me tornei siciliano por opção. Na época, a Sicília era simplesmente encantadora, era como morar no paraíso. Entretanto, havia grandes problemas políticos, nós estávamos tentando impedir o fascismo. Eu estava ao lado dos antifascistas Aldo Captini, que era contra violência, e no início, eu estava convencido de que seria possívelvencer através de palavras e da verdade. Aí, estourou a guerra do ditador fascista  Mussolini, e só através dos guerrilheiros foi possível à Italia dar fim àquela experiência dolorosa .

O pai da minha mulher tinha uma fazenda e esperava que eu seguisse com a administração dela. Infelizmente, não deu certo e depois de vinte anos nessa ilha maravilhosa, nós mudamos para o norte da Itália para trabalharmos ambos como professores do ensino médio. Lá, teve início a minha segunda vida, como professor e escritor: eu comecei a escrever para o teatro e para a televisão.

Meu dia-a-dia hoje? Eu tenho dificuldade para andar e preciso de um andador. Mas eu tenho muita ajuda: uma senhora me ajuda com as tarefas diárias e uma moça me explica como usar melhor o computador e o Skype. Então, eu me dedico ao inglês. Mas eu não consigo repetir várias palavras porque a escrita e a pronúncia são tão diferentes. Então, eu levo muito tempo para aprender e às vezes, eu também acho as lições muito longas. Mas, eu não consigo imaginar um método melhor que o da Babbel. Realmente, é uma atividade diária muito agradável. É uma experiência… que me faz feliz. É isso.

Mara Zatti
Mara Zatti é gerente sênior de relações públicas da Babbel. Após ter estudado letras clássicas em Veneza, ela se mudou para a Alemanha, a fim de seguir sua paixão e concluir seus estudos com um doutorado em arqueologia clássica. Mara começou sua carreira como jornalista, mas agora trabalha do “outro lado” da assessoria de imprensa. Nessa nova posição, tem a possibilidade de conversar e escrever sobre formas modernas de aprender idiomas e novas tecnologias. A vida é estranha, às vezes.
Mara Zatti é gerente sênior de relações públicas da Babbel. Após ter estudado letras clássicas em Veneza, ela se mudou para a Alemanha, a fim de seguir sua paixão e concluir seus estudos com um doutorado em arqueologia clássica. Mara começou sua carreira como jornalista, mas agora trabalha do “outro lado” da assessoria de imprensa. Nessa nova posição, tem a possibilidade de conversar e escrever sobre formas modernas de aprender idiomas e novas tecnologias. A vida é estranha, às vezes.

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