Eu devo admitir que viajar na Europa é relativamente fácil e acessível. Planejando direitinho todo mundo viaja.
As distâncias são menores e os meios de transportes diversos. Para você ter uma ideia, existe até uma rota de bicicleta que vai de Berlim até a Holanda, não oficial, mas já desbravada por alguns ciclistas globetrotters. Sim, as possibilidades são inúmeras.
Neste podcast, eu e o Vitor falamos de algumas viagens que fizemos pela Alemanha, como a minha descoberta da Suíça da Saxônia, ou em alemão a Sächsiche Schweiz. É uma região ao sul de Dresden, que fica a umas duas horas de trem de Berlim.
Foto de André Faust
Lá visitei a Bastei, uma formação rochosa ao longo do rio Elba, nas Montanhas de Arenito do Elba. Com uma vista deslumbrante, a Bastei impressiona não só pelo seu tamanho, mas também pela suntuosidade. As visitas são organizadíssimas, já que você pode andar entre essas formações rochosas por meio de pontes. Atenção: a locação é alta, portanto, se você tem muito medo de altura, é melhor não fazer o caminho entre as pontes – eu tive que andar sem olhar para baixo!
Outro ponto que vale a visita na região é a Lilienstein, que eu admito ter confundido com a *Bastei quando gravei o podcast. Igualmente impressionante, a Lilienstein é uma montanha dentro do parque nacional da Suíça da Saxônia.
Para quem gosta de turismo na natureza, esse passeio é um prato cheio. Mas como mencionamos no podcast, na Alemanha, apesar de existir uma natureza exuberante, as visitas são extremamente organizadas e a manutenção dos parques e dos recursos naturais feita rigorosamente. Não que isso seja um ponto negativo, muito pelo contrário, isso ajuda bastante a conservar a área e os turistas podem tirar o melhor proveito da viagem. Mas, como comentou o Vitor, aquele sentimento de estar completamente dentro de uma região selvagem não existe. Tudo é devidamente sinalizado e com instruções bem claras de roteiros.
Foto de André Faust
O Vitor também comentou no podcast o seu estranhamento quando foi ao Mar do Norte e viu um monte de Strandkorbs – que para mim parecem uma espécie de banquinho misturado com uma casinha. Aqui a gente não vê muitas pessoas estiradas na areia e tostando no sol – os alemães não são lá de tomar muito sol, muitas vezes por falta de opção mesmo, já que o verão aqui dura muito pouco, ou melhor, o sol no verão aqui não é tão frequente quanto no Brasil.
Mas, de fato, as cidades na Alemanha são cheias de áreas verdes e lugares para aproveitar uma boa tarde de sol. Só aqui na capital, são inúmeros os parques dentro da cidade –Tiergarten, Friedrichshain Volkspark, Humbolthain, Görlitzer Park, Hasenheide, Tempelhofer Feld… e muitos outros, esses foram só os que eu lembrei de cabeça ao escrever. E, quando faz aquele calor intenso, os lagos ao redor da cidade se tornam as praias dos alemães. Eu adorei a primeira vez que nadei em um lago aqui, foi uma experiência cultural, especialmente ao conhecer as zonas de FKK (Frei Körper Kultur – Cultura do Corpo Livre, ou em bom português as áreas de nudismo).
Para quem gosta de curtir a natureza, vem que na Alemanha tem (e aconselho a vir no verão, obviamente!).
Glossário:
Eberswalde: cidade localizada ao norte do estado de Brandemburgo.
Strandkorb: cadeira de praia
Sächsiche Schweiz: Suíça da Saxônia
Lilienstein: montanha dentro do parque da Suíça da Saxônia
Dresden: capital do estado da Saxônia
Nordsee: Mar do Norte
Parques em Berlim:
Tiergarten
Friedrichshain Volkspark
Humboldthain
Görlitzer Park
Hasenheide
Tempelhofer Feld
Victoria Park
Lagos em Berlim e arredores:
Wannsee
Weissensee
Schlachtensee
Plötzsensee