Quais são os diferentes tipos de linguagem?

Quando queremos enviar uma mensagem a alguém, utilizamos diversos tipos de formas de comunicação que podem ser verbais, não verbais e/ou híbridas
telefones públicos

Quando lemos uma reportagem em uma revista, conversamos com amigos, ou assistimos a um capítulo de uma novela, estamos sendo expostos a diferentes formas de comunicação. Uma revista utiliza palavras escritas em um texto para informar os seus leitores, enquanto em um papo com amigos usamos palavras faladas. Por outro lado, departamentos de trânsito optam por placas de sinalização nas estradas para evitar acidentes. Já histórias em quadrinhos misturam ilustrações e falas escritas. Mas, em geral, essas tentativas de comunicação têm algo em comum: visam passar uma mensagem.

Quais tipos de linguagem existem?

Temos três tipos de linguagem: verbal, não verbal e mista/híbrida. 

Na linguagem verbal, usamos palavras escritas e/ou a fala, como conversas com alguém. Essa tende a ser a forma mais comum com a qual nos comunicamos ou recebemos informações em nossas interações com outras pessoas, instituições (governos, polícia, entre outros), ou mídias (jornais, televisão, etc). 

Um bom exemplo de linguagem verbal é quando enviamos um áudio ou um texto para alguém em um aplicativo de mensagens. Neste caso, utilizamos palavras escritas e faladas para nos comunicarmos.

A linguagem não verbal envolve comunicação sem palavras e/ou falas, como apenas imagens, gestos e barulhos. Esse tipo de recurso linguístico está muito presente no nosso cotidiano. Por exemplo, nas ruas há placas com sinais para carros, pedestres ou ciclistas. Um caso óbvio é o sinal de trânsito, no qual cores (e não palavras) enviam a mensagem sobre quando se deve cruzar a rua. Outro exemplo são placas indicando a proibição de se fumar em um local.

A linguagem híbrida, como o nome sugere, combina as duas anteriores. Podemos pensar aqui em histórias em quadrinhos, onde ilustrações contam grande parte da história/ação, sendo auxiliadas por curtos diálogos escritos. Outro exemplo interessante ocorre em filmes, quando temos diálogos, mas também atores utilizando gestos e movimentos para trazer mais significados a uma cena.

Quais os tipos de figuras de linguagem? 

Dentro dos tipos de linguagem que mencionamos, há maneiras diferentes de expressar ideias de formas que não sejam necessariamente literais. Essas possibilidades são conhecidas como figuras de linguagem, que são divididas entre figuras de semântica, figuras de sintaxe, e figuras de som/fonética. Neste texto, focaremos apenas nas categorias mais importantes do primeiro grupo.

As figuras de semântica são subdivididas entre metáfora, catacrese, prosopopeia, sinestesia, gradação, metonímia, ironia, hipérbole, eufemismo, antítese e paradoxo. Abaixo alguns exemplos com os casos mais relevantes.

Metáfora – Quando se usa palavras fora do seu sentido habitual, focando mais no sentido figurado para enviar uma mensagem de forma mais criativa ou sutil.

O seu coração é feito de pedra (Ou seja, uma pessoa que não tem sentimentos).

Metonímia – Uma palavra que passa a ser usada com outro sentido, mas tende a haver alguma proximidade com o sentido original. 

Li José Saramago ontem (O verbo ler substitui “um livro de”, mas entende-se que se trata de uma obra do autor).

Ironia – quando se usa uma construção para expressar o oposto do se quer dizer.

Roubaram o meu carro hoje e perdi meu voo para Salvador. Esse dia está ótimo!

As figuras de sintaxe são subdivididas entre silepse, pleonasmo, elipse, zeugma, assíndeto, polissíndeto, anáfora, hipérbato e anacoluto. E as figuras de som/fonética são aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Qual a diferença entre linguagem e língua?

De maneira simplificada, pode-se definir a linguagem como um processo de comunicação para expressar ideias, mensagens, significados. Já a língua é um espécie de código, normalmente verbal, utilizado por um grupo de pessoas e que segue uma estrutura, regras, letras, sons. A língua é um tipo de linguagem.

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Gabriel B.

Gabriel Bonis é jornalista, especialista em Direito Internacional para Refugiados e mestre em Relações Internacionais pela Queen Mary University of London. Ele passa a maior parte do seu tempo escrevendo sobre direitos humanos, ajudando refugiados a lidar com seus processos de asilo e estudando alguma língua nova.

Gabriel Bonis é jornalista, especialista em Direito Internacional para Refugiados e mestre em Relações Internacionais pela Queen Mary University of London. Ele passa a maior parte do seu tempo escrevendo sobre direitos humanos, ajudando refugiados a lidar com seus processos de asilo e estudando alguma língua nova.