Quando a gente pensa na França, é muito difícil não lembrar dos pães, dos queijos, dos vinhos, dos bistrôs e de toda essa cultura em torno da boa gastronomia. Essa paixão dos franceses pelos prazeres da mesa acaba se refletindo no próprio idioma e, aqui, compartilho algumas palavras e expressões em francês que acho curiosas por serem bastante específicas e, até mesmo, divertidas.
Saucer
O verbo originário da palavra sauce (molho) tem dois significados. O mais evidente é o de mergulhar um alimento em algum molho. O outro é o meu preferido porque representa um hábito que os franceses praticam com muita naturalidade: o de limpar o resto de molho que sobrou no prato usando um pedaço de pão para, claro, se deliciar numa bocada.
Tartiner
Este também é um verbo que indica uma ação bastante rotineira para a gente, mas para a qual não temos uma palavra tão específica em português. “Tartiner” significa passar ou espalhar um creme (geléia, manteiga, etc.) numa fatia de pão. Depois de realizada esta ação, voilà, temos uma tartine.
Pique-niquer
Fazer um piquenique é um programa tão comum nos dias de sol que a língua francesa tem até um verbo próprio para a ação.
Amuse-bouche ou amuse-gueule
Amuse-bouche significa literalmente algo que diverte a boca. Na sua versão mais informal, seria algo que entretém a cara, o rosto. E o que nos mantém mais entretidos enquanto esperamos por uma refeição? Os petiscos, tira-gostos, aperitivos, finger food e tudo mais aquilo que adoramos beliscar.
Apéro / apéritif
Um “apéro” é uma ocasião em que reunimos amigos para beber, petiscar e, claro, socializar. A palavra vem de “apéritif“, que geralmente se refere à bebida, geralmente alcoólica, que abre uma refeição.
Se vendre comme des petits pains
Quando nos referimos a um sucesso de vendas, nós, brasileiros, falamos que aquilo vende que nem água, enquanto os britânicos têm essa expressão com panquecas (“selling like hotcakes”). Já os franceses usam um dos produtos culinários mais vendidos do país para manter o sentido da expressão e dizem que aquilo vende que nem pãezinhos. Pode ser um clichê, mas não deixa de fazer sentido!