Você se lembra daquele sentimento de desorientação quando você viajou pela primeira vez para o exterior, lá pelo ano de 2007? Você dobra as roupas cuidadosamente, escreve instruções detalhadas para achar sua hospedagem, e até imprime um mapa da cidade, afinal smartphones ainda não são tão populares (o primeiro iPhone tinha apenas sido lançado!). Além disso, você leva um caderninho com algumas frases básicas que você estudou pouco antes de partir, só para não fazer feio de primeira ao chegar na terra estrangeira.
Ah, os velhos tempos! Mas hoje você pode se esquecer de tudo isso, Google existe para ajudar você não só a se localizar como também para achar qualquer informação útil durante sua estadia lá fora.
Apesar de essa nostalgia ser supergostosa, ser um estrangeiro hoje é, na verdade muito melhor do que há dez anos atrás. Quer saber por que você vai ser muito mais feliz no exterior agora do que se tivesse embarcado uma década atrás? Continue a leitura então…
De volta para o futuro
Nossa editora italiana Giulia contou como mudar para Paris em 2006 foi um processo um tanto conturbado. “Eu estava sozinha com um caderno cheio de frases estranhas como: “No Terminal 2 do Charles de Gaulle, você vai encontrar um homem segurando uma placa com o seu nome” e “Excusez-moi, c’est où l’Auberge de la Jeunesse?“, claro que quando eu cheguei ao aeroporto não encontrei ninguém ali e no momento em que eu finalmente achei o carro que iria me levar, estava tão cansada que não consegui alcançá-lo e ele acabou partindo.”
Hoje em dia, essa cena simplesmente seria digna de um filme de comédia, provavelmente uma dos anos 2000. Atualmente, se você tem qualquer telefone com internet, você conseguiria fácil resolver o problema de localização, ainda por cima com um wi-fi gratuito, disponível na maioria dos aeroportos.
Mapas, placas, sentimento de completa desorientação? Isso é tão anos 2000!
Encontros e Desencontros
Por falar em anos 2000, como não mencionar o longa metragem de Sofia Coppola, em que Scarlett Johansson e Bill Murray interpretam uma dupla de estrangeiros desorientados em Tóquio. No filme, o duo tem a eterna sensação de não pertencer ao lugar, como se estivessem num limbo, em um país onde não compreendem nem a língua nem os costumes.
A sensação de não pertencer pode até ocorrer (e lamento informar, mas muitos estrangeiros têm de conviver com esse sentimento), mas definitivamente hoje em dia existem vários recursos acessíveis que ajudam você a conseguir entender pelo menos o básico do idioma do seu destino. Da mesma forma, existem várias alternativas para ajudar você a interagir com as pessoas de lá e a se integrar socialmente. (o site InterNations, por exemplo, existe para isso).
Amigos com benefícios
Nós sabemos que mesmo se você tiver uma lista de todos lugares legais à mão, o idioma na ponta da língua, uma pronúncia impecável, mas e… cadê aquela companhia para os melhores passeios? Descobrir junto os lugares? Dividir os momentos divertidos?
Você pode estar familiarizado com a sua nova cidade, mas ninguém é uma ilha e muito menos consegue viver sozinho. Amigos são importantes e novas amizades tem de fazer parte do seu roteiro de viagem.
Por isso que sites como o Internations podem dar aquele empurrãozinho extra quando o assunto é conhecer gente. Mesmo que sejam outros estrangeiros como você. Vocês provavelmente vão ter em comum a língua materna, e até melhor, quem sabe também estão aprendendo o novo idioma. Uma mão lava outra, ou melhor, a amizade vem com benefícios. (Afinal, o que você estava pensando quando leu o título deste tópico?)
A rede do Internations está presente em 390 cidades ao redor do mundo, com milhares de estrangeiros como você só esperando a oportunidade de conhecer gente nova.
A.I. – Inteligência Artificial
A inteligência artificial é uma realidade, inclusive ele pode literalmente salvar vidas. Com qualquer acesso à rede você consegue saber o melhor restaurante para comer se você é vegano, o albergue mais próximo de sua escola – e, até mesmo, quem está na sua área para tomar um café.
O avanço da tecnologia faz a vida dos viajantes e estrangeiros bem mais fácil, inclusive aproximando a família que está longe. A dica aqui é apenas não esquecer que na hora de interagir, o smartphone deve virar um coadjuvante e ficar de escanteio. Não faça feio e dê atenção para sua compania. A tecnologia ajuda, mas no final quem se conecta com as pessoas é você.
Resumo da ópera: viajar em 2017 = bons cliques + bons drinks!